Clamor e Esperança
Eli, Eli, lama sabactâni?
Por que te afastas do meu bramido?
Clamo de dia, sem voz que cante,
De noite, estou sem abrigo.
Tu és Santo, habitas em louvor,
Nossos pais em ti confiaram,
A ti clamaram em grande clamor,
E livres, tua graça acharam.
Mas sou verme, não sou homem,
Desprezado pelo povo que zomba,
Confiei em ti, meu nome é teu,
Que tua mão a minha sombra.
Tu me tiraste do ventre materno,
Desde o início és meu Deus,
Não te afastes, Senhor eterno,
Na angústia, sê meu esteio.
Touros fortes me cercaram,
Como leões abrem a boca,
Meu coração qual cera se fundiu,
Minha força seca, tão pouca.
Cercado por cães, malfeitores,
Traspassaram-me mãos e pés,
Contam meus ossos, espectadores,
Repartem vestes, em vãs marés.
Mas tu, Senhor, não te alongues,
Força minha, vem me salvar,
Livra minha alma da espada,
Da força do cão, vem me guardar.
Salva-me da boca do leão,
E ouve-me desde os céus,
Declararei teu nome em canção,
Louvar-te-ei, ó meu Deus.
Vós que temeis ao Senhor, louvai,
Descendência de Jacó, exultai,
Pois na aflição, Ele escutou,
E seu rosto não ocultou.
Meu louvor na congregação virá,
Pagarei meus votos com temor,
Os mansos comerão, se fartarão,
Buscando ao Senhor com fervor.
Limites da terra se lembrarão,
Converter-se-ão ao Senhor,
As nações todas adorarão,
Pois o reino é do Criador.
Grandes da terra comerão e adorarão,
Todos que descem ao pó se prostrarão,
Uma semente o servirá,
Sua justiça de geração em geração.
Anunciarão sua justiça vindoura,
Ao povo que há de nascer,
Porquanto Ele o fez, obra duradoura,
E todos o hão de conhecer.
Poema baseado no Salmos 22 criado pelo ChatGPT e por J.I. Silva.